Socicam tem 82% de suas operações abastecidas por fontes de energia renováveis

Meta de atingir 100% do consumo a partir de fontes de energia renováveis até 2027 é parte da estratégia ESG da empresa

Além de desempenhar papel de excelência à frente da gestão de terminais rodoviários, urbanos, aeroportuários e marítimos, a Socicam também consolida seu protagonismo diante das pautas de sustentabilidade. Para isso, desde 2018, a empresa tem investido em projetos de eficiência energética com o intuito garantir que o consumo de suas operações tenha os impactos ambientais minimizados.

Assim, empreendimentos de diversos modais, espalhados de norte a sul do Brasil, já atingiram 82% do consumo de energia elétrica proveniente de fontes renováveis. Esses projetos incluem as modalidades Geração Própria e Geração Distribuída (GD) e a migração dos ativos de alta tensão para o Mercado Livre de Energia (ACL).

Geração Própria

Com investimentos de R$ 4 milhões, a Socicam garantiu que os terminais rodoviários de Natal, Recife, Arcoverde, Caruaru, Garanhuns, Serra Talhada e Petrolina produzam 100% da energia demandada para suas operações por meio da implantação de usinas fotovoltaicas locais. Juntas, as unidades produzem mais de 102.000 kWh por mês, o equivalente ao consumo médio de 670 residências brasileiras, segundo parâmetros do Laboratório de Eficiência Energética em edificações da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Para Danilo Franzin, gerente de Inovações Tecnológicas da Socicam, os projetos de geração própria, concentrados nos estados do Rio Grande do Norte e de Pernambuco, possuem grande relevância. “Os empreendimentos em Pernambuco comprovam a capacidade da Socicam de ir além das operações de mobilidade, destacando-se em inovação tecnológica e geração de energia limpa. Além do case de sucesso do CORE – Inteligência Integrada da Nova Mobi, a empresa assegura um expressivo montante de energia gerada por usinas fotovoltaicas próprias”, ressalta.

Franzin também destaca os investimentos para este método de geração energética. “Os próximos passos da nossa meta para ampliar a pauta incluem a implantação de mais cinco usinas, que garantirão a geração de energia para sete terminais na Grande Recife. Para isso, está previsto um investimento de aproximadamente R$ 1 milhão”, afirma.

 

Usina solar no Terminal Rodoviário de Caruaru. Divulgação Socicam

Geração Distribuída

Na Grande Recife, 46 dos 73 empreendimentos geridos pelo grupo, incluindo estações BRT e terminais urbanos classificados como de baixa tensão, são abastecidos pela modalidade de Geração Distribuída, utilizando energia de fontes geradoras parceiras. Usinas fotovoltaicas, localizadas em fazendas, fornecem mais de 42.000 kWh por mês, o que equivale ao consumo de aproximadamente 277 residências. De acordo com Franzin, esses empreendimentos estão sendo estudados para a implantação de novos projetos que possibilitem a autonomia de geração energética.

Mercado Livre de Energia

O terceiro método, mais utilizado pela Socicam para adquirir energia limpa, é a migração das unidades de alta tensão para o Mercado Livre de Energia (ACL), por meio do qual consumidores têm a liberdade de negociar as condições dos seus contratos, viabilizando a compra de energia proveniente de fontes renováveis.

Atualmente, 86% dos empreendimentos geridos pela Socicam, cujas unidades consumidoras integram o grupo tarifário A4 (alta tensão), já migraram para fontes de energia limpa. Isso significa que mais de 3,6 milhões de kWh (ou 3.637.000 MWh) são adquiridos de fontes renováveis todos os meses. Esse volume corresponde à maior parcela de energia consumida atualmente pelos empreendimentos do grupo.

Esta frente de atuação inclui os aeroportos localizados em Belém, Cuiabá, Macapá, Ilhéus, Vitória da Conquista, Zona da Mata, Sinop, Rondonópolis, São José do Rio Preto e Araçatuba, além dos terminais rodoviários Tietê, Barra Funda, Niterói, Campinas e Campo Grande, da Rodoviária do Rio e do Terminal Marítimo de Salvador, entre outros. Em fase de migração, estão os aeroportos de Chapecó e Presidente Prudente, o Terminal Rodoviário de Brasília e a Estação Integrada do Brás, em São Paulo.

Segundo Franzin, um dos objetivos do projeto é ampliar a utilização deste método. “A migração para o Mercado Livre é uma decisão estratégica em que só temos ganhos, pois garantimos o alinhamento às diretrizes de sustentabilidade da empresa de forma breve, em termos de prazos, e ágil, em termos de mobilização e reestruturação de infraestrutura”, pontua.

Para Wanderley Galhiego Jr., diretor de Relações Institucionais da Socicam, o grande compromisso, parte da estratégia ESG do grupo, é atingir 100% do consumo por meio de fontes renováveis até 2027. “Temos avançado de forma significativa na pauta de eficiência energética, mas ainda há muito trabalho pela frente. Nosso maior desafio tem sido junto às unidades consumidoras de baixa tensão (BT), para as quais a migração para o Mercado Livre de Energia ainda não é possível. No entanto, seguimos estudando as novidades do setor para alcançar a totalidade de nossa meta. Com esses resultados, confirmaremos a importância de nossas infraestruturas para o desenvolvimento sustentável da mobilidade no Brasil”, conclui Galhiego Jr.