Rota em Belo Horizonte traz destaques da arquitetura de Oscar Niemeyer

O arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012) ficou conhecido por projetar os principais edifícios públicos de Brasília, mas suas obras podem ser admiradas em muitas outras cidades brasileiras. Uma delas é Belo Horizonte, que teve um papel especial no início da carreira de Niemeyer graças ao Conjunto Arquitetônico da Pampulha, projetado pelo arquiteto a pedido do então prefeito da cidade, Juscelino Kubitscheck, e hoje considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Em um roteiro de aproximadamente cinco horas, é possível conhecer as principais obras desenhadas por Niemeyer na capital mineira. A cidade de Belo Horizonte é facilmente acessada por meio do Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro (Tergip). Confira abaixo as atrações do Roteiro Niemeyer.

 

Museu de Arte da Pampulha (MAP)

Antigo Cassino da Pampulha, fundando em 1942, o MAP integra o Conjunto Arquitetônico da Pampulha e passou a funcionar como museu em 1957, após a proibição do jogo no Brasil. O espaço abriga exposições e possui um pequeno teatro com pista de vidro, além de jardins desenhados por Burle Marx.

 

Casa do Baile

Projetada em 1943 para ser um local dedicado à dança popular, atualmente abriga um Centro de Arquitetura e Urbanismo. O destaque da construção é um grande painel com desenhos feitos pelo próprio Oscar Niemeyer em uma parede que faz divisa com o auditório.

 

Iate Tênis Clube

Assim como o MAP e a Casa do Baile, o clube faz parte do Conjunto Arquitetônico da Pampulha e foi projetado em 1942. Para apreciar sua arquitetura, que reflete a ideia de um barco navegando, a construção deve ser vista pelo lado de fora. Com seu telhado em duas partes que se inclinam em sentidos contrários, o edifício introduziu uma inovação arquitetônica que depois seria replicada em muitas construções brasileiras do período.

 

Igreja de São Francisco de Assis

Conhecida como “Igrejinha da Pampulha”, a obra foi a última construção a ser erguida dentro do complexo arquitetônico concebido por Niemeyer, em 1943. Na época, seu visual extremamente moderno causou impacto na tradicional sociedade de Belo Horizonte, e a igreja permaneceu fechada até 1959, quando finalmente começou a receber cultos religiosos. A parte externa da obra exibe um painel de azulejos de Cândido Portinari, e os jardins foram desenhados por Burle Marx.