Com participação da Socicam, 2ª edição do IBAS discutiu cenário das concessões de aeroportos no Brasil

Nos últimos anos, as concessões de aeroportos brasileiros à gestão privada tomaram impulso com a realização de uma série de leilões, que trouxeram novos players ao segmento e, com eles, a modernização de importantes terminais do país.

Entre 2011 e 2019, cinco rodadas de leilões passaram para a iniciativa privada a administração de dezenas de aeroportos, incluindo operações como Guarulhos, Brasília, Salvador, Confins e Galeão. Atualmente oito operadores distintos respondem pela operação de 57% do tráfego aéreo regular do Brasil. Até 2021, espera-se que mais aeroportos do país passem a ser geridos por empresas privadas, entre concessões federais, estaduais e municipais.

Esse cenário foi discutido durante a 2ª edição do IBAS (International Brazil Air Show), evento que reuniu no mês de setembro em São Paulo importantes líderes do segmento aeroportuário para debater o desenvolvimento do setor na América Latina e que contou com a participação da Socicam, representada pelo Diretor de Novos Negócios e Inovação, Wanderley Galhiego Jr.

O IBAS tem como principal objetivo promover discussões e incentivar negócios entre as diversas categorias que compõem o setor aeroportuário, contribuindo para a consolidação desse mercado na América Latina e, especialmente, no Brasil.

Em sua palestra no evento, Galhiego contextualizou o desenvolvimento da empresa no segmento e os acontecimentos que possibilitaram a evolução do modelo de concessão, apresentando também os desafios que o Brasil deverá enfrentar para promover, numa visão de médio e longo prazo, o desenvolvimento qualificado do setor.

“Ao considerarmos que o índice de viagens aéreas per capita no Brasil de 0,46 é substancialmente inferior ao de países como Espanha (1,55) e EUA (2,61) e se o confrontarmos com o universo de aeródromos públicos que restarão após as rodadas de concessões (500), identificaremos o quão necessário se faz pensar na aviação regional para assegurar a capilaridade desse modal. Para a cobertura eficiente do território nacional, cabe-nos pensar a conectividade dos aeroportos de menor porte aos hubs do Brasil” frisa Galhiego.

O modelo de PPP Patrocinada impõe-se como um caminho sólido para o aperfeiçoamento dos serviços aeroportuários e de atendimento aos usuários para os aeroportos cujas receitas não são capazes de sustentar a concessão. A experiência da Socicam com a PPP do Aeroporto Regional da Zona da Mata (IZA) é um exemplo de sucesso para esse universo de aeródromos.

Desde o início da gestão Socicam no IZA, em 2015, o aeroporto teve um crescimento de 10% na movimentação de passageiros e obteve em 2018 a Certificação Operacional da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) com 100% de conformidade, o que endossa a qualidade e o compromisso com a segurança da gestão Socicam.

Líder na área de infraestrutura de transportes e de serviços, a Socicam tem sob sua gestão atualmente 14 aeroportos e, com a vitória do leilão do bloco Centro-Oeste em 2019, passou de operadora regional a nacional, acrescentando ao seu portfólio quatro novas operações, responsáveis pela movimentação de 3,2 milhões de passageiros por ano.

A alta qualidade dos serviços prestados pela Socicam mostra que a empresa está preparada para expandir sua atuação nesse segmento, contribuindo, por meio da administração de novas operações, para aumentar a eficiência das operações aeroportuárias e, por consequência, o desenvolvimento desse mercado no Brasil.